Este blog tem como criadores Thiago Almeida, Marcos Lazaro e Gilberto Teles discentes do curso de Licenciatura plena em Geografia pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB CAMPUS IV Jacobina - Ba.Apresenta como objetivos relatar e expor idéias a partir das experiências vividas ao longo da prática do componente curricular Estágio Supervisionado em Geografia I.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Gilberto de Araújo Teles Junior
CAMPO DE ESTÁGIO
O estágio Supervisionado em Geografia III foi realizado no Colégio Gilberto Dias de Miranda (COMUJA), situado na Rua Antônio Vieira de Mesquita, s/n, Félix tomaz, Jacobina - BA. Sob a orientação e supervisão do Prof. Msc. Edivaldo Hilário dos Santos e regência da Professora Solange Pereira.
O mesmo procedeu com a turma de 5 série do ensino Fundamental no período de 26 de Maio de 2010 a 21 de Julho do mesmo ano.
APRESENTAÇÃO
No dia 26 de Março de 2010, iniciamos o que poderíamos chamar de momento mais marcante do componente curricular Estágio Supervisionado em Geografia, nos posicionando assim na "linha de frente", assumindo de forma efetiva a regencia em sala de aula durante a unidade letiva escolar, mais precisamente a 2 Unidade.
Foi uma experiencia enriquecedora, um momento de muitas angustias, preocupações e inquietações, é verdade, mas enriquecedora.
Tais angustias e preocupações provocadas pelo medo do novo perduraram tão somente até o primeiro contato mais profundo com a turma, com a Professora Regente e com o corpo docente da escola.
Queremos ressaltar que a troca de experiência com os colegas durante as reuniões na universidade e o apoio dado pelo Professor orientador foram fundamentais para o bom andamento dos trabalhos e para o sucesso alcançado ao fim do período de regência
naquela escola.
CONTEÚDOS TRABALHADOS
No dia 26 de Maio de 2010 iniciamos nossas atividades com o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos e também estabelecemos regras a serem observadas no transcorrer da unidade, copiamos no quadro alguns ítens que seriam desenvolvidos no decorrer da unidade e indagamos os seus conceitos e os seus porquês. Também fizemos dinâmica afim de criar um ambiente agradável e um primeiro contato amistoso entre o professor estagiário e os alunos.
No segundo encontro trabalhamos os ambientes marinhos e terrestres, nossos objetivos:
  • Compreender a importância dos ambientes marinhos e terrestres para a manutenção da vida no planeta;
  • Analisar a riqueza de sua biodiversidade;
  • Entendê-los como substrato da vida humana, bem como a importância de sua preservação

No terceiro encontro trabalhamos o Espaço Geográfico, os ambientes da cidade e as Cidades-Estados da Grécia e Roma e as cidades medievais, objetivando:

  • Compeender o processo de formação da cidades e sua estrutura;
  • Fazer um levantamento histórico das principais cidades da antiguidade, bem como suas influências para a configuração das cidades atuais.

No quarto encontros, trabalhamos as cidades atuais, problemas ambientais urbanos e o planejamento urbano. Os nossos objetivos:

  • Compreender a configuração das cidades atuais e seus principais problemas, sobretudo os ambientais urbanos;
  • Compreender a importância do planejamento urbano para uma melhor qualidade de vida dos moradores.

Nos demais encontros, trabalhamos os sistemas agrícolas tradicionais e a agricultura industrializada. Nossos objetivos:

  • Conhecer as inúmeras técnicas de preparação e cultivo do solo, desde as mais modernas as mais tradicionais;
  • Compreender a sua importância no processo de produção de alimentos e os impactos sócio-ambientais que provocam;
  • Apontar possíveis soluções para minimizar os impactos (negativos) para o meio ambiente sem comprometer a produção e a oferta de alimentos para os seres humanos.

Para alcançar os nossos objetivos, nos utilizamos de mecanismos como: quadro, giz, livro didático, aula expositiva dialógica, leitura de imagens e vídeos, aulas de campo, leitura e interpretação de texto, confecção de painéis, entre outros.

CONCLUSÃO

Passamos por esse estágio com a sensação de dever cumprido, muito embora sabemos que melhores resultados poderiam ter sido alcançados caso houvesse mais tempo para desenvolver todas as atividades propostas em nosso programa, tanto esse que foi comprometido pela paralização dos professores da rede municipal de ensino um pouco antes do início de nossa prática docente.

Temos a consciencia de que o melhor que poderíamos fazer foi feito. O brilho de nosso trabalho não foi de forma nenhuma apagado, os conteúdos elencados em nosso plano de trabalho foram majoritariamente trabalhados. Os objetivos traçados em nosso plano de curso também foram satisfatoriamente alcançados.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

RELATÓRIO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA III
Thiago Santos Almeida
Local: Escola Estadual Frey José da Encarnação
Turno: Matutino
Série: 7º série A
Ensino Fundamental
Período: 2º Unidade
Prof. Orientador: Msc. Edvado Hiário dos Santos
Prof. Regente: Prof. Noêmia Carvalho
TEMA CENTRAL
Desenvolvimento X Subdesenvolvimento no Continente Americano
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
  • Bases históricas do Subdesenvolvimento;
  • Os espaços geográficos e o surgimento do subdesenvolvimento;
  • Comparação das bases da evolução econômica na América Anglo - Saxônica e na América Latina;
  • O quadro econômico atual e a herança histórica;
  • Posição geográfica e disposição do Continente Americano;
  • As várias Américas;
  • Traços comparativos entre a América do Norte e a América do Sul.

OBJETIVO GERAL

Contribuir para o enendimento do processo de ormação do Espaço geográfico do Continente americano a partir da prcepção de que o sentido dos arranjos e os valores sociais e culturais sociamente construidos surgem através da organização do espaço.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Idenificar a influência da colonização no processo de desenvolvimento e subdesenvolvimento dos espaços geográficos do Continente americano;
  • Compreender os motivos pelos quais os países da América Latina tiveram uma evolução econômica diferente dos países da América Anglo - Saxônica;
  • Perceber os diferentes critérios utilizados para regionalizar o Continente americano;
  • Analisar as semelhanças e disparidades existentes entre a América do Norte e a América do Sul.

IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR O CONTINENTE AMERICANO NO ÂMBITO ESCOLAR

É importante trabalhar o Continente americano na escola por ser um conteúdo que aborda um espaço onde os alunos estão inseridos e, por isso, torna-se importante e interessante no seu processo de aprendizagem.

O Fato de focalizarmos inicialmente nas civilizações que estabeleceram características e marcas que incluiam assentamentos permanentes ou urbanos, agricultura, arquitetura cívica e monumental e complexas hierarquias sociais, veio a ser uma forma de esclarecer aos alunos que antes da chegada dos europeus à América já havia civilizações com alto grau de desenvolvimento, e que essas mesmas civilizações foram ferozmente aniquiladas na maioria dos países do Continente americano.

Foi importante para os estudantes entender que a forma brutal de colonização, adotada pelos europeus contribuiu para tornar a sociedade atual dividida entre desevolvidos e subdesenvolvidos, pobres e ricos, e os deixou cientes da situação em que se encontra o Brasil no cenário econômico mundial.

Em suma, podemos dizer que o Continente americano sofre ainda as consequencias de ter sido colonizado de formas diferentes, o que contribuiu para que houvessem até hoje disparidades econômicas entre as "diferentes Américas" e que o Brasil faz parte de um espaço que foi desmedidamente explorado e, também por isso, completa o quadro dos países que não conseguem suprir as necessidades básicas de sua população.

PONTOS POSITIVOS

  • Receptividade de toda a equipe da escola;
  • Apoio dos professores;
  • Ajuda dos colegas;
  • Alunos participativos.

PONTOS NEGATIVOS

  • Nível de conhecimento dos alunos;
  • Falta de recursos na escola;
  • Frequência dos alunos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
Marcos Lazaro Souza

Apresentação

Este Relatório versa sobre as minhas atividades de estágio realizadas no colégio Estadual Frei José da Encarnação ocorrida no período de 11 de maio a 17 de julho de 2010, constituindo as atividades concedentes á disciplina Estágio Supervisionado III, sob orientação do professor Edvaldo Hilário, da Universidade do Estado da Bahia - Campos IV – Jacobina.
O Estagio regencial teve como publico alvo a turma de sétima série do ensino fundamental, turma C, turno matutino, com o objetivo principal observar e aplicar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas, bem como confronta-las com a prática pedagógica propriamente dita, buscando firmar uma prática que seja significativa.
Adjacente aos conteúdos propostos pela professora Regente, Noemia Carvalho, elucidamos em nossa prática de estágio a temática central “Continente Americano” Desenvolvimento e Subdesenvolvimento

Relatório das aulas

O primeiro encontro realizado no dia 11 de maio, procurei a principio descontrair a turma promovendo uma dinâmica de apresentação denominada “Apresentando o Colega”. O resultado foi bastante positivo, haja visto que, o intuto de superar obstaculos como desconfiança, receptividade foram alcançados. Outro aspecto trabalhado nesse primeiro encontro se refere à percepção dos alunos acerca da Geografia. Percebi que a maioria tinham afinidade com a disciplina, no entanto, vislumbravam exclusivamente uma Geografia que estudava os aspectos físicos do planeta terra. Nesse sentido, procurei demonstrar que a geografia além de estudar os aspestos físicos, tem como foco principal enterder a relação sociedade-naturaza, perceber que/e como os homens modificam os espaços que habitam conforme as relaçoes que estabelecem entre si. Encerei o primeiro encontro apresentando aos alunos os conteudos que seriam trabalhados na II unidade.
Nos encontros realizados nos dias 12 e 13, iniciei as atividades com a turma discutindo os conteudos “Povos Pré-colombianos e Invação Europeia”. Procurei a principio perceber o conhecimento prévio dos mesmos acerca dessa tematica. Com a percepção de que não tinham muito esclerecimento acerca desses conteudos, procurei elucidar para os alunos a ligação entre esses acontecimentos e a grande disparidade existente hoje no continente americano. As discussões foram surgindo podendo ser descritas como bastante produtivas e enriquecedoras, uma vez que a participação e comentários foram constantes.
Nos encontros realizados na semana seguinte, percebi logo que o interesse e a interação estavam bastante intensos. Os alunos se ofereciam para ajudar a buscar livros e outros matérias que fossem ou seriam utilizados na aula, além da participação cada vez mais calorosa por parte dos mesmos. Com o intuito de melhor compreender os conteúdos relacionados aos povos pré-colombianos, levei para sala de aula varias revistas e livros com figuras relacionadas ao tema, onde propus à turma a elaboração de uma atividade em grupo. Cada grupo ficou responsável por destacar aspectos culturais de uma civilização pré-colombiana. O resultado foi bastante positivo, haja visto, que os trabalhos em sua grande maioria atenderam a demanda solicitada.
Nos encontros realizados entre os dias 25 e 27, o tema abordado foi “América latina e a América Anglo-saxônica”. Com o intuito de situá-los acerca da localização regional entre essas duas Américas, trabalhamos os aspectos culturais destacando a questão lingüística, bem como aspectos históricos e socioeconômicos, como processo de colonização. Por se tratar de uma turma de sétima série do ensino fundamental, procurei adotar uma metodologia adequada ao grau de compreensão dos alunos, levando charges e imagens que ofereceram suporte para o entendimento dos conteúdos trabalhados. Ao realizar uma atividade em sala de aula intitulada “Dinâmica do Autódromo”, pude constatar que os alunos tinham absorvido bem os conteúdos, pois obtiveram bons resultados.
Nas aulas que se sucederam após o recesso dos festejos juninos, realizadas entre os dias 06 e 08 de julho, abordamos os temas “ Fatores Externos e Internos do Subdesenvolvimento”. Nesse sentido procurei elucidar que o continente americano é marcado pela destinção entre duas grandes realidades, a América Anglo-Saxônica e a America latina e que tal disparidade deve ser entendida não como uma mera fatalidade, e sim como resultado de um processo histórico-geográfico, resultante das relações estabelecidas entre os países e suas classes sociais ao longo da história. Outro aspecto que procurei tratar com muita enfase se refere a generalização de conceitos como subdesenvolvimento, ou seja, a otíca que acaba por incluir sob a mesma classificação países com graus diferenciados de subdesenvolvimento, considerando todos os países subdesenvolvidos iguais quanto ao grau de desenvolvimento econômico e social. Desenvolver nos alunos tais percepções torna-se ao nosso ver indispensáveis, uma vez que, é necessario a compreensão de que dentro do próprio subdesenvolvimento existe uma hierárquia entre os países, consequência das peculiaridades existentes na formação histórica, política, bem como das possibilidades econômicas de cada páis. Para compreensão de tais conteudos procurei explorar recursos importantes como imagens e videos que contribuiram bastante para alcançar os resultados esperados. Como atividade avaliativa propus a construção de cartazes com imagens e frases representando as principais caracteristicas do subdesenvolvimento e solicitei que fosse apresentado em forma de seminario.
Ao longo de todas a aulas procurei elaborar aulas diferenciadas que despertassem a curiosidade e atenção dos mesmos; percebeu-se também o interesse cada vez maior, a interação com os assuntos abordados e a relação de amizade com o estagiário, explícitos nas palavras de apoio, nos elogios e o carinho demonstrado nesse período. As atividades dadas em sala de aula, as pesquisas encomendadas foram realizadas com êxito por parte dos discentes, criou-se ainda, um laço afetivo muito forte, fato que proporcionou o sucesso no processo de ensino-aprendizagem bem como o reconhecimento do trabalho, empenho e profissionalismo do estagiário..

Considerações Finais

Apesar de todos os problemas que envolvem o âmbito escolar, principalmente no que tange ao ensino publico, concluo este estágio e também essas breves observações com a expectativa positiva para a minha futura docência nas instituições de ensino. O estágio constitui para mim um momento importante para o aprendizado e para a reflexão da minha futura intervenção como professor. Concluo essa experiência ciente dos desafios, porém, esperançoso, pois acredito que com muito compromisso, ética e dedicação posso exercer uma prática pedagógica que venha a contribuir positivamente no processo de formação dos nossos alunos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Artigo - Geografia escolar: uma reflexão do ensino

Geografia escolar: uma reflexão do ensino

Gilberto Teles
Marcos Lazaro
Thiago Almeida

Resumo
As idéias expostas no presente artigo, procuram problematizar as aulas de Geografia que, na sua grande maioria segue uma postura tradicional, baseado na descrição dos conteúdos e manuais didáticos. A problematização desse tema surge diante da necessidade de se romper com a visão tradicional da Geografia e entende-la a partir da relação da sociedade com o meio.

Palavras chave: Ensino, tradicional, Geografia.


INTRODUÇÃO
Embora haja grande esforço em superar o ensino tradicional, evidencia-se ainda hoje que essa concepção pedagógica é muito utilizada na sala de aula. Práticas docentes que apenas reproduzem conteúdos dos livros didáticos, uso de metodologias convencionais, como aulas expositivas centradas na figura do professor (características gerais dessa proposta de ensino) representam bem a nosso ver, a deficiência dessa concepção pedagógica no processo ensino/aprendizagem atual. Outra característica desse modelo conteudista de ensino, refere-se à idéia de induzir o aluno à condição de elemento passivo (receptor e assimilador de conteúdos) não atuante em seu processo de desenvolvimento intelectual.

Diante desse quadro, o ensino da Geografia apresenta-se ainda dentro de uma concepção tradicional, marcada pela descrição e memorização dos elementos que compõem as paisagens da superfície terrestre, dissociados da relação do homem com o meio. Ou seja, uma Geografia descritiva e neutra, que negligencia a relação da sociedade com o espaço.

A aplicação dessa Geografia tem apresentado baixo rendimento na sala de aula contribuindo muito pouco no processo de formação de sujeitos críticos e atuantes na sociedade. Isso ocorre por que, essa perspectiva reproduz maneiras antigas de ensino vinculadas ao uso excessivo de materiais didáticos. Para Lima (2005) os conteúdos transmitidos a partir desses materiais didáticos “(...) não enfatizam a compreensão do saber geográfico, acumulado, dificultando a visão geográfica geral, vivenciada no cotidiano e tão necessária para melhorar as relações entre o homem e a natureza”.

As idéias expostas nesse artigo procuram discutir as aulas tradicionais de Geografia, que em sua grande maioria são baseadas em conteúdos listados nos livros didáticos. A problematização desse tema surge diante da necessidade de se romper com a visão tradicional na Geografia e entendê-la a partir da relação sociedade/natureza, homem/meio, ou seja, perceber que/e como os homens modificam os espaços que habitam conforme as relações se estabelecem entre si.

REFERENCIAL TEÓRICO

Caracterização do ensino tradicional de Geografia:
A postura tradicional da Geografia escolar refere-se a questão didático-pedagógica que considera como importante no processo educativo, a reprodução de manuais didáticos, que direcionam a aprendizagem a repetições de informações e conhecimentos gerais. De acordo com Brabant (1989) a partir do “(...) discurso descritivo, a Geografia na escola elimina, na sua forma constitutiva, toda a preocupação de explicação).

O ensino da Geografia dentro dessa concepção prioriza a decoração, enumeração, e descrição de conteúdos fragmentados e/ou isolados da realidade social e cultural do aluno. Segundo Lima (2005) em muitas situações didáticas verifica-se “a negligenciação da Geografia regional em termos da caracterização e descrição das macro regiões do mundo”. O uso dessas metodologias conduz a uma insatisfação dos alunos frente a essa disciplina, provocando um desinteresse dos mesmos pelos assuntos geográficos.

Dentro dessa perspectiva, ao nosso ver dificilmente o ensino contribuirá para que os sujeitos em processo de aprendizagem expressem livremente o desenvolvimento de suas idéias e atitudes frente ao mundo que se globaliza intensamente, tornando-se necessário romper com conteudismo da escola tradicional mas especificamente da Geografia tradicional.

Propostas para o ensino da Geografia:
Dentro da necessidade de se propor uma reflexão crítica do ensino da Geografia em substituição ao modelo pedagógico conteudista que vem sendo aplicado, torna-se necessário perceber que “o cerne dessa ciência contraditoriamente a própria gênese da palavra, não é no nosso ponto de vista nem a terra (Geo) nem tampouco a descrição (grafia), mas sim o espaço geográfico entendido como aquele espaço fruto do trabalho humano na necessária e perpetua luta dos seres humanos pela sobrevivência”. (KEARCHER, 2003)

Sendo assim, o que julgamos fundamental no ensino de Geografia é a compreensão dos porquês das paisagens em que vivemos, conhecer o espaço geográfico em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua construção. A partir dessa perspectiva considera-se importante construir no dia-a-dia relações cotidianas com os alunos e propiciar-lhes condições para que entendam a importância dessas idéias para a Geografia.

Faz-se necessário aqui ressaltar a importância da capacitação do profissional que trabalha com a Geografia escolar. Ensinar Geografia requer dos professores uma percepção do espaço enquanto resultado do trabalho do homem, com a questão que envolve uma relação que deve ser compreendida. Micheleto apud Straforini (2004) afirma que “nesse período marcado pela técnica, ciência e informação é mais necessário aprender Geografia para compreender o mundo em que vivemos”. Dessa forma o geógrafo deve entender que os problemas relativos ao espaço escolar estão intrinsecamente relacionados aos problemas do homem com a sociedade, estabelecendo relações diretas entre o que se ensina e o que se aprende, reafirmando assim a função social da ciência.

CONCLUSÃO
Diante dessa problematização, evidenciou-se que as aulas de Geografia na sua grande maioria seguem uma postura tradicional baseada na descrição e memorização de livros didáticos, mostrando-se assim uma disciplina inútil, sem nenhuma aplicação prática na vida cotidiana do aluno. Sendo assim, enfatizamos a necessidade de romper com essa concepção pedagógica tradicional e adotar um ensino mais dinâmico que conceba o aluno sujeito ativo no processo de ensino/aprendizagem. A Geografia, ao contrario da própria gênese de sua palavra, tem como objeto de estudo o Espaço geográfico, ou seja, o espaço das sociedades, construído e transformado pelo homem, não cabendo a ela a inútil função de descrever as paisagens, e sim desvendar as relações existentes por trás de suas formas.

Referências:

BRABANT, J. Crise da geografia, crise do Estado. São Paulo: Contexto, 1985.

CAVALCANTI, L. Geografia e prática de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002.

KEARCHER, Nestor. Desafios e utopias no ensino da geografia. Santa cruz do Sul, 2001.

STRAFORINI, Rafael. Ensinar Geografia: o desafio da totalidade – mundo nas series iniciais. São Paulo: Annablume, 2004.

sábado, 15 de agosto de 2009

Análise do Livro Didático

O livro didático analisado é direcionado a um público de 5º série do Ensino Fundamental. O titulo da obra é Trilhas da Geografia: A geografia no dia-a-dia, seus autores são João Carlos Moreira, Bacharel em Geografia e mestre em Geografia humana pela Universidade de São Paulo (USP), o outro autor do livro é Eustáquio de Sene, Bacharel e licenciado em Geografia, mestre em Geografia humana e doutorando em ensino de Geografia, todos pela USP.

Trilhas da Geografia foi editado em 2007, pela editora Scipione. Tem seu conteúdo dividido em nove capítulos, nesses, além do texto principal, que em todos apresentam linguagem coerente, adequada ao público alvo e não foram percebidos equívocos ou erros ortográficos. Todos os capítulos apresentam leitura complementar, como poesia e/ou musicas, além de trazerem também sugestões de livros, filmes e/ou paginas na internet para serem usados na complementação do entendimento do conteúdo estudado.

Além disso, podem ser visualizadas no livro diversas imagens, mapas e gráficos, que contribuirão bastante no aprendizado dos alunos e também auxiliam no trabalho do professor. O livro apresenta ainda durante a leitura e ao final de cada capítulo questões, atividades que contribuirão no êxito dos jovens estudantes na sequência de sua vida estudantil.

A partir da análise do livro didático, Trilhas da Geografia: A geografia no dia-a-dia, pode-se observar que o mesmo é um instrumento eficaz e necessário no processo de ensino-aprendizagem, porém, deve-se destacar que o professor não pode ficar refém do livro didático, o educador tem obrigação de apresentar a seus alunos sempre novos meios, que contribuirão para os seus estudos.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Análise do texto "Conhecimento do Espaço Escolar"

A partir da análise do texto “Conhecimento do espaço escolar”, dos autores Elizabeth Sato e Silvia Fornel, fica bem evidente a necessidade e importância de se perceber dois aspectos fundamentais no que se refere à melhoria da qualidade desses ambientes, principalmente das instituições públicas onde os recursos são quase sempre mais escassos.
Primeiro é necessário que a instituição perceba o plano escolar como instrumento com o qual vai ser possível desenvolver com competência a proposta educacional da escola, nesse sentido a os autores escrevem que
Para tornar o plano escolar eficaz, é preciso ter um conhecimento prévio da condição socioeconômica e cultural da comunidade onde a escola está inserida (...) priorizando ações eficientes para a melhoria do desempenho dos alunos no processo de ensino e aprendizagem”. (Sato, Fornel. 2007)
Dentro desse plano deve-se inserir uma palavra chave, “organização”, imprescindível em qualquer área de atuação, na dinâmica do espaço escolar torna-se fundamental quando realmente se tem o objetivo em foco que é a formação de cidadãos críticos e atuantes no meio em que estão inseridos. Os autores exemplificam destacando os mapas como recursos didáticos imprescindíveis às aulas de geografia, e que, se houver um trabalho de identificação, classificação e armazenamento em local adequado, certamente facilitaria o acesso dos professores a tal material, facilitando e tornando melhor o processo de ensino/aprendizagem.
Outro aspecto refere-se à necessidade de estimular a percepção do aluno acerca do espaço escolar, como também inseri-lo nas discussões e problemas que permeiam aquele ambiente. Sendo a escola repleta de diferentes espaços de convivência, pode ser posto aos alunos que investiguem esse espaço de sua vivencia, construindo conceitos geográficos.
Concluindo, vamos usar uma citação retirada do texto em análise que resume bem a idéia dos autores:
“Um trabalho que faz o aluno perceber-se sujeito do espaço é significativo para o desenvolvimento do cidadão”.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Relatório de entrevistas

O presente relatório tem como objetivo registrar as entrevistas decorrentes da visita a algumas escolas públicas da cidade de Jacobina – BA, realizados entre os dias 06 e 08 de Julho de 2009. Foram utilizadas como técnicas de pesquisa conversas informais (entrevistas) com alguns alunos, nessas conversas foram feitos questionamentos com o intuito de perceber a partir do prisma do aluno a realidade da escola observada.

Foram entrevistados alunos do Ensino Fundamental sendo que a primeira pergunta referia-se ao interesse dos mesmos pela Geografia a partir da qual se pode verificar dois grupos de alunos, os que têm a Geografia como disciplina preferida e os que não dão importância aos conhecimentos geográficos. Os que gostam de Geografia, de modo geral, responderam que apreciam essa matéria por que sentem facilidade em assimilar os conteúdos, uma vez que podem ser visualizados em seu cotidiano, normalmente se referiam a serras, rios, enfim, aos aspectos físicos. Já o grupo de alunos que não gostam da disciplina justifica dizendo que é uma disciplina muito cansativa, se sentem desestimulados com os conteúdos trabalhados e as técnicas de ensino utilizadas pelos professores de geografia.

Outro questionamento refere-se à metodologia utilizada pelos professores. Os entrevistados descontentes afirmam que os docentes apenas apresentam aulas expositivas presas sempre ao livro didático e que nunca tiveram uma aula mais dinâmica ou aula de campo.

Por fim foram feitos questionamentos sobre a estrutura física da escola, dando ênfase a estrutura interna da sala de aula. As respostas foram bem relativas uma vez que foram entrevistados alunos de várias instituições públicas da cidade cada uma com suas deficiências e pontos positivos. Por exemplo, alguns alunos do Colégio Felicidade disseram que estavam satisfeitos com suas respectivas salas de aula, mas reclamaram da falta de ar condicionado e disseram que as salas têm pouco espaço, devido a demanda de alunos. Já alunos do Frei José disseram estar insatisfeitos com o desconforto das carteiras e a falta de recursos eletrônicos à disposição dos alunos.

Conclusão:
Tal observação possibilitou um maior conhecimento no que se refere a opinião dos alunos com relação ao ensino da Geografia além da estrutura física da escola. Com isso percebemos que pode ser traçada uma nova didática de ensino, que estimule mais os estudantes, “fugindo” mais do livro didático e utilizando melhor os recursos que a escola dispõe para um mais dinamismo das aulas, como salas de vídeo, retro projetor, aparelho de data show, mapas, globos terrestres, além de discussões e debates em sala de aula.